16/12/2010 |
A maioria de deputados e partidos – só o PSOL encaminhou contra, e apenas 35 deputados votaram ‘não’ – aprovou, em urgência urgentíssima, aumento da remuneração de congressistas (62%), presidente da República e ministros (mais de 100%). Esta ‘equiparação’ com o STF é elitista e indefensável. Nesses parâmetros, jamais foi apresentada na recente campanha eleitoral por nenhum dos milhares de candidatos. Trata-se de um soco na boca do estômago dos servidores públicos das atividades fins, que lidam com o cotidiano sofrido da maioria da sociedade, e com aposentados e pensionistas. Uma insensibilidade total em um país onde apenas 1,5% da população aufere renda mensal familiar de R$ 10.200,00. A autoridade pública da cúpula do Executivo, do Legislativo e do Judiciário deve, sim, ter subsídio digno e ter plenas condições materiais de exercer seu mandato. No Parlamento essas condições já estão dadas, por isso o PSOL apresentou, em projetos (desde 2003, até hoje não apreciados) e votos, sua posição: reajuste só de acordo com a inflação do período precedente, ou na média do concedido, em igual período, ao servidor público federal. Ao Senado caberia corrigir esse abuso, essa votação terminal que só aprofunda o abismo entre a representação política e a sociedade. Mas a ‘Câmara alta’, também com suas exceções, confirmou em tempo Record essa demasia. No início da próxima legislatura apresentaremos uma PEC para corrigir todas essas distorções, inclusive seu devastador efeito cascata e o estabelecimento de limites de austeridade para as instâncias máximas dos Três Poderes. Chico Alencar Deputado Federal, PSOL/RJ (Líder do partido em 2011) |
sábado, 18 de dezembro de 2010
O aumento abusivo da cúpula
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
POSIÇÃO DO PSOL SOBRE O SEGUNDO TURNO
NENHUM VOTO A SERRA O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) mereceu a confiança de mais de um milhão de brasileiros que votaram nas eleições de 2010. Nossa aguerrida militância foi decisiva ao defender nossas propostas para o país e sobre ela assentou-se um vitorioso resultado. Nos sentimos honrados por termos tido Plínio de Arruda Sampaio e Hamilton Assis como candidatos à presidência da República e a vice, que de forma digna foram porta vozes de nosso projeto de transformações sociais para o Brasil. Comemoramos a eleição de três deputados federais (Ivan Valente/SP, Chico Alencar/RJ e Jean Wyllys/RJ), quatro deputados estaduais (Marcelo Freixo/RJ, Janira Rocha/RJ, Carlos Giannazi/SP e Edmilson Rodrigues/PA) e dois senadores (Randolfe Rodrigues/AP e Marinor Brito/PA). Lamentamos a não eleição de Heloísa Helena para o Senado em Alagoas e a não reeleição de nossa deputada federal Luciana Genro no Rio Grande do Sul, bem como do companheiro Raul Marcelo, atual deputado estadual do PSOL em São Paulo. Em 2010 quis o povo novamente um segundo turno entre PSDB e PT. Nossa posição de independência não apoiando nenhuma das duas candidaturas está fundamentada no fato de que não há por parte destas nenhum compromisso com pontos programáticos defendidos pelo PSOL. Sendo assim, independentemente de quem seja o próximo governo, seremos oposição de esquerda e programática, defendendo a seguinte agenda: auditoria da dívida pública, mudança da política econômica, prioridade para saúde e educação, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, defesa do meio ambiente, contra a revisão do código florestal, defesa dos direitos humanos segundo os pressupostos do PNDH3, reforma agrária e urbana ecológica e ampla reforma política – fim do financiamento privado e em favor do financiamento público exclusivo, como forma de combater a corrupção na política. No entanto, o PSOL se preocupa com a crescente pauta conservadora introduzida pela aliança PSDB-DEM, querendo reduzir o debate a temas religiosos e falsos moralismos, bloqueando assim os grandes temas de interesse do país. Por outro lado, esta pauta leva a candidatura de Dilma a assumir posição ainda mais conservadora, abrindo mão de pontos progressivos de seu programa de governo e reagindo dentro do campo de idéias conservadoras e não contra ele. Para o PSOL, a única forma de combatermos o retrocesso é nos mantermos firmes na defesa de bandeiras que elevem a consciência de nosso povo e o nível do debate político na sociedade brasileira. As eleições de 2002, ao conferir vitória a Lula, traziam nas urnas um recado do povo em favor de mudanças profundas. Hoje é sabido que Lula não o honrou, não cumpriu suas promessas de campanha e governou para os banqueiros, em aliança com oligarquias reacionárias como Sarney, Collor e Renan Calheiros. Mas aquele sentimento popular por mudanças de 2002 era também o de rejeição às políticas neoliberais com suas conseqüentes privatizações, criminalização dos movimentos sociais – que continuou no governo Lula -, revogação de direitos trabalhistas e sociais. Por isso, o PSOL reafirma seu compromisso com as reivindicações dos movimentos sociais e as necessidades do povo brasileiro. Somos um partido independente e faremos oposição programática a quem quer que vença. Neste segundo turno, mantemos firme a oposição frontal à candidatura Serra, declarando unitariamente “NENHUM VOTO EM SERRA”, por considerarmos que ele representa o retrocesso a uma ofensiva neoliberal, de direita e conservadora no País. Ao mesmo tempo, não aderimos à campanha Dilma, que se recusou sistematicamente ao longo do primeiro turno a assumir os compromissos com as bandeiras defendidas pela candidatura do PSOL e manteve compromissos com os banqueiros e as políticas neoliberais. Diante do voto e na atual conjuntura, duas posições são reconhecidas pela Executiva Nacional de nosso partido como opções legítimas existentes em nossa militância: voto crítico em Dilma e voto nulo/branco. O mais importante, portanto, é nos prepararmos para as lutas que virão no próximo período para defender os direitos dos trabalhadores e do povo oprimido do nosso País. Executiva Nacional do PSOL – 15 de outubro de 2010. |
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Agradecimeto
Freixo atribui o resultado ao trabalho realizado pelo mandato
A retumbante vitória de Chico Alencar nas urnas do Rio
[fonte: O Globo, 04 de outubro de 2010, p. 27, trecho]
título original: Mais votado, Garotinho pode não assumir
A vitória do Ideal sobre o Real
A campanha eleitoral chegou ao fim. E o Saldo do PSOL, principalmente no Rio de Janeiro, foi positivo. Chico Alencar foi reeleito Deputado Federal com votação recorde – 240.724 votos. Com desempenho semelhante, Marcelo Freixo terá novo mandato na Alerj – 177.253 votos.
É a vitória de uma campanha feita por ideologia, sem cabos eleitorais pagos ou placas na rua.
PSOL cresce no Congresso
Em 2010 o PSOL elegeu três deputados e dois senadores – bancada ligeiramente maior. As novidades são Jean Wyllys, eleito deputado federal no Rio, Randolfe, Senador pelo Amapá, e Marinor Brito, Senadora pelo Pará. Ivan Valente se reelegeu Deputado Federal em São Paulo.
Candidatos Eleitos
Senadores
RANDOLFE (Amapá) 203.259 votos
MARINOR BRITO (Pará) 727.583 votos
Deputados Federais
CHICO ALENCAR (Rio de Janeiro) 240.724 votos (2º mais votado do Estado)
JEAN WYLLYS (Rio de Janeiro) 13.018 votos
IVAN VALENTE (São Paulo) 189.014 votos
Deputados Estaduais
MARCELO FREIXO (Rio de Janeiro) 177.253 votos (2º mais votado do Estado)
JANIRA ROCHA (Rio de Janeiro) 6.442 votos
CARLOS GIANAZZI (São Paulo) 100.808 votos
EDMILSON RODRIGUES (Pará) 85.412 votos
Além disso, vários companheiros de partido tiveram votação expressiva, entretanto, por não terem atingido o coeficiente eleitoral, não foram eleitos. Mas a grande quantidade de votos obtidos, sempre com campanhas modestas, demonstrou que vale a pena fazer uma campanha limpa, sem cabos eleitorais pagos, abuso de poder econômico e promessas mirabolantes.
Deputados Federais (Maiores Votações do Partido)
LUCIANA GENRO – 129.501 votos no Rio Grande do Sul (8ª mais votada)
RENATO ROSENO – 113.705 votos no Ceará (10º mais votado)
Deputados Estaduais (Maiores Votações do Partido)
RAUL MARCELO – 56.607 votos em São Paulo
JOÃO ALFREDO – 33.635 votos no Ceará
ROBERTO ROBAINA – 31.310 no Rio Grande do Sul
HILTON COELHO – 24.600 votos na Bahia
MARTINIANO CAVALCANTE – 18.348 votos em Goiás
MANINHA – 12.860 em Brasília
Governador
TONINHO DO PSOL – 199.095 votos (14,25%) em Brasília.